152 - Magnum

Thursday, August 5, 2021

152 - Acadêmico



PESSOA ACADÊMICA

 

  • ATUALIZADO EM: 06/05/2021 17:10

 TEMPO ESTIMADO DE LEITURA: 7 MINUTOS

É muito comum acreditar que a experiência acadêmica contribui para a formação de um aluno apenas em relação aos conteúdos aprendidos durante a graduação, ou seja, que o aprendizado da faculdade é muito mais teórico do que prático.

No entanto, existem diversas habilidades acadêmicas que aprendemos nesse período e que são essenciais a qualquer profissional, independentemente da área de atuação. Que tal descobrir quais são essas habilidades?

Confira nossa lista:

Saber trabalhar em equipe

A graduação oferece diversas oportunidades a seus alunos para trabalharem em equipe. Seja por meio de discussões coletivas em sala de aula ou de trabalhos em grupo, esses contextos acadêmicos estimulam a cooperação em torno de um objetivo comum e ensinam alunos a fazerem concessões, além de contribuir para o senso de responsabilidade e compromisso dos membros de cada grupo.

Todas essas habilidades podem ser igualmente aproveitadas no âmbito profissional. No mercado de trabalho, a procura por profissionais que saibam trabalhar em equipe é cada vez maior. É preciso lidar com pessoas de diferentes setores no dia a dia das empresas, trabalhar simultaneamente em vários projetos, bem como saber usar a cooperação como forma de atingir os objetivos centrais da organização.

Ter senso crítico no dia a dia

Outra habilidade muito trabalhada nos alunos de graduação é o desenvolvimento de um senso crítico mais apurado sobre os mais diversos temas. Ter senso crítico não significa ter uma opinião sobre tudo, como é comum entre jovens e adolescentes. No ambiente acadêmico, ao contrário, o que se busca é que os alunos saibam questionar temas, analisar situações e fundamentar seus argumentos por meio de bases sólidas de conhecimento. Ou seja, criticar com fundamentação e informações apuradas.

E no mercado de trabalho? Profissionais que têm senso crítico apurado são mais valorizados no ambiente organizacional. Eles conseguem enxergar futuros problemas em projetos, identificar falhas de percurso e, o que é mais importante, melhorar a qualidade dos serviços prestados por meio de perspectivas inovadoras e que não sejam “mais do mesmo”. Simplesmente concordar com tudo que o chefe propõe não é garantia de bom respaldo entre colegas de trabalho. Ao contrário, faz com que você não evolua na carreira.

Conseguir apresentar suas ideias de forma clara

Por mais tímido e introvertido que você seja em termos de personalidade, é imprescindível que você consiga apresentar suas ideias de forma clara e objetiva em algum contexto acadêmico. Apresentações de trabalho, provas orais, arguições no cotidiano da sala de aula, entre outras situações são maneiras de demonstrar a colegas e professores seus conhecimentos, opiniões e habilidades.

No contexto profissional, essa também é uma característica muito valorizada. Seja qual for sua área de atuação, é importante que você tenha habilidades mínimas de relacionamento interpessoal para conseguir expor suas ideias, apresentar fatos, vender produtos, argumentar em favor de projetos, entre outras situações do dia a dia.

Prestar atenção a detalhes

Durante a graduação, é trabalhado no aluno um nível maior de exigência em relação a detalhes, como referências bibliográficas, especial atenção a dados estatísticos nas argumentações, uniformização de modelos de relatório, correção gramatical e ortográfica, etc. Para alguns alunos, essas exigências do professor nos trabalhos e atividades cotidianas de sala de aula podem até parecer maçantes, mas são na verdade extremamente importantes para sua formação.

Da mesma forma, no ambiente de trabalho, essa atenção a detalhes serve como suporte para suas argumentações e ideias profissionais. Relatórios técnicos, redação de projetos, avaliações, fichas cadastrais e outros documentos do dia a dia são cheios de detalhes e informações que, se redigidas com erro, podem até mesmo comprometer a existência da empresa, gerar processos judiciais, perdas econômicas, prejuízos a clientes, entre outras questões. Por isso a atenção a detalhes é tão importante no contexto profissional.

Ter flexibilidade e adaptação em cenários diversos

São vários os contextos em que alunos são obrigados a se adaptar e produzir academicamente. Seja em disciplinas de uma grade obrigatória, seja em estágios e em outras atividades extracurriculares com as quais eles não se identificam normalmente, esses são desafios que desenvolvem nos alunos capacidade de adaptação, criatividade e flexibilidade.

Em ambientes profissionais, essas características também são valorizadas. Há maior espaço e reconhecimento para profissionais capazes de lidar com áreas nas quais ainda têm pouca experiência, com projetos inovadores, ou até mesmo com desafios novos que o mercado apresenta às empresas. Essas pessoas conseguem ascender mais rapidamente na carreira, bem como chegar a cargos de gestão com maior facilidade.

Persistir para atingir seus objetivos

Quais são os objetivos de um aluno de graduação? Além de conseguir seu diploma, podemos citar conciliar estágios ou períodos de trabalho com as atividades acadêmicas, aproveitar da melhor maneira possível as oportunidades e conhecimentos que o curso lhe oferece, entre outras coisas. Para isso, é preciso muita persistência. Durante a graduação, há que se enfrentar situações adversas, como a falta de tempo, eventuais dificuldades financeiras, disciplinas desafiadoras, etc.

Aqui também há um aprendizado que se leva para o mercado de trabalho. Nem sempre o profissional começa sua carreira exatamente na área em que quer trabalhar, ou na posição e com a remuneração que esperava. Além disso, é preciso considerar que a persistência para atingir seus objetivos profissionais também é muito valorizada em cargos de liderança, bem como em empreendedores que almejam abrir o próprio negócio.

Solucionar problemas com criatividade e raciocínio lógico

Problemas são uma constante no contexto acadêmico: como solucionar demandas da sociedade? Qual política econômica é melhor para o país? Quais sintomas devem ser identificados para diagnosticar uma doença? Essas e outras perguntas são constantes para alunos de diversos cursos. Aprender a solucionar essas questões por meio de raciocínio lógico e criatividade é uma habilidade que se aprende no curso da graduação, por meio das disciplinas da grade curricular.

No mercado de trabalho, raciocínio lógico e criatividade são uma habilidade com as quais nem todos os profissionais podem contar — e justamente por isso ela é tão valorizada. Esses profissionais são mais propensos a se destacar no dia a dia da empresa, oferecer soluções criativas para os problemas cotidianos, pensar “fora da caixa” e garantir ideias inovadoras em relação à concorrência, etc.

O que achou dessas habilidades acadêmicas? Elas com certeza corroboram a importância de ter uma graduação no currículo, independentemente da área do mercado de trabalho em que você atue!

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Quais as principais características dos profissionais de sucesso? Essa é uma das perguntas feitas por quem busca construir uma carreira brilhante e promissora.

Não há fórmula mágica para uma trajetória bem-sucedida, mas, analisando o histórico e o perfil de pessoas que trilharam um ótimo caminho profissional, é possível descobrir 10 qualidades presentes na maior parte delas. Continue a leitura e confira quais são!

1. Proatividade

Sabe aquele tipo de indivíduo que, geralmente, toma a iniciativa na hora de fazer as coisas e não espera que ninguém o dê ordens para realizar aquilo que deve ser feito? Pessoas assim são consideradas proativas — e essa característica se repete na maioria dos profissionais de sucesso.

“Isso não é minha responsabilidade, então não vou fazer”. É comum ouvirmos tal frase no dia a dia, não é? Mas esses dizeres certamente não partem de profissionais proativos.

A proatividade faz com que o indivíduo enxergue oportunidades nos lugares em que os demais veem apenas obstáculos. E isso colabora para que ele assuma maiores responsabilidades e riscos, aprenda muito mais e, claro, se destaque.

Todavia, lembre-se de que ser proativo não é, definitivamente, o mesmo de ser workaholic, ou seja, viciado em trabalho. Os profissionais indispensáveis costumam ter uma percepção aguçada sobre o que precisa ser feito.

2. Comprometimento

O comprometimento é mais uma das qualidades dos profissionais de sucesso. Uma pessoa comprometida sabe quem é e aonde quer chegar. Ela faz tudo o que está ao seu alcance para atingir os objetivos que estabeleceu.

Isso não significa passar por cima do colega, da ética ou da moral para conseguir o que se quer, mas sim dar o seu melhor para chegar até onde deseja. Vale lembrar, ainda, que os indivíduos comprometidos são altamente envolvidos com aquilo que fazem e se preocupam em agir com eficiência, para o bem dos resultados finais de seu trabalho.

3. Humildade

A humildade faz parte da personalidade de um profissional de sucesso, à medida que o ajuda a lidar melhor com as críticas e seus próprios fracassos. Mas ser humilde também é essencial àquele que busca por uma carreira sólida e ascendente.

Essa qualidade o ajudará a ouvir sugestões, conselhos, dicas e ensinamentos que podem colaborar para seu crescimento e amadurecimento. Por fim, lembre-se de que a humildade é fundamental não somente no âmbito profissional — e, por esse motivo, precisa ser desenvolvida por todos, junto à busca contínua por conhecimento, simplicidade, maturidade e gentileza.

4. Criatividade

O mundo está em constante transformação. E, para conseguir sobreviver no mercado de trabalho, o profissional deve ser criativo em sua área.

Novos e velhos problemas precisam de soluções inovadoras. Quem conseguir encontrar maneiras sustentáveis, eficientes e criativas sairá na frente e garantirá seu lugar ao sol.

5. Bom caráter

Certos profissionais colocam seus interesses acima de qualquer coisa e não se importam em ser egoístas, bajuladores e calculistas em busca de seus objetivos.

Pois saiba que profissionais de sucesso são aqueles capazes de trabalhar em conjunto com outras pessoas, de forma simbiótica e honesta. Eles procuram construir suas carreiras sem prejudicar os outros, mas utilizando seus próprios méritos e esforços.

6. Ambição

A ambição é responsável por gerar a energia capaz de mover e sustentar um profissional de sucesso em todas as circunstâncias, sejam elas boas ou ruins. É ela que fomenta o progresso individual, amplia horizontes e torna homens e mulheres pessoas diferenciadas e distintas.

É fácil distinguir um profissional que tem ambição daqueles que não contam com ela. Funcionários ambiciosos estão, normalmente, atentos à melhor forma de entregar suas tarefas, abraçando desafios e sendo capazes de superar obstáculos de maneira descomplicada.

Além disso, essas pessoas nunca se satisfazem com o status quo e estão sempre em busca de melhores soluções, o que também é bastante valorizado pelas organizações. Por fim, é necessário apontar que, quando passa dos limites, a ambição pode carregar consequências negativas.

Se a ambição se torna obsessiva e existe um desejo compulsivo por crescer, o indivíduo acaba construindo para si uma imagem negativa. E isso compromete o relacionamento com os colegas de trabalho, os resultados do time e, até mesmo, seu próprio desenvolvimento na carreira.

7. Autocontrole

O autocontrole — ou inteligência emocional — é, definitivamente, uma característica em comum entre os profissionais de sucesso. Trata-se de pessoas que escolhem influenciar o ambiente (e não o contrário).

Elas controlam suas emoções em vez de permitirem que outros o façam, agindo de maneira equilibrada e transmitindo confiança, transparência e segurança. Entre outras coisas, o autocontrole se traduz em ser capaz de manter a calma e saber como executar suas funções durante períodos de tensão e estresse elevado.

Dessa forma, é comum que os empregadores mais experientes procurem ativamente por funcionários que não deixem as forças externas ditarem o seu potencial ou temam possíveis contratempos.

8. Empatia

Para fortalecer relacionamentos e aprimorar a comunicação, o profissional de sucesso precisa contar com a empatia, tendo a capacidade de ouvir o que os colegas têm a dizer sem julgamentos precipitados.

Para tanto, é fundamental conseguir se colocar no lugar do outro. Lembre-se sempre de que as pessoas vêm de diferentes contextos e carregam suas próprias experiências.

É importante, no entanto, saber diferenciar empatia de simpatia. A empatia é algo natural (e seu funcionamento, automático), como aqueles sentimentos incontroláveis e que surgem instantaneamente de acordo com a situação.

9. Paixão

Ainda que os ganhos financeiros e benefícios oferecidos pelas organizações sejam fatores motivadores para grande parte dos funcionários, existem também aqueles que demonstram gostar do que fazem — e essas pessoas, sem sombra de dúvidas, estão no alvo das empresas.

Para os gerentes de recrutamento, aqueles profissionais que não têm a paixão como característica vão utilizar apenas uma fração de seu potencial no trabalho, além de acabarem apresentando um alto nível de estresse.

10. Resiliência

Chama-se de resiliência a capacidade do indivíduo de lidar com problemas e se adaptar a mudanças, de modo a superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas. Nesse sentido, torna-se fácil entender por que profissionais resilientes estão entre os mais procurados pelas organizações.

Tais pessoas conseguem enxergar os possíveis problemas de forma otimista e não encaram obstáculos como algo insuperável. Elas podem até falhar, mas, após um breve momento de críticas, voltam a colocar o pé no chão e a produzir para a companhia.

Como você viu, não basta ter competência técnica para ser um bom profissional. As características comuns aos profissionais de sucesso dão pistas a você que quer iniciar uma carreira da qual se orgulhe. Siga a inspiração de quem se destaca no mercado de trabalho e faça tudo o que puder para se tornar cada vez melhor!

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Desenvolvimento das habilidades do pensamento acadêmico

Zwiers,J. (2004). Developing Academic Thinking Skills in grades 6 – 12: a handbook of multiple intelligence activities. Newark: IRA, xii + 260 p.

Jeff Zwiers é consultora e professora que trabalha com linguagem e leitura estando envolvida com formação de professores especialmente em termos de desenvolvimento da linguagem acadêmica e de conteúdos específicos.

O livro aqui resenhado tem um suporte teórico conceitual mas é predominantemente prático. Constituído por prefácio três partes, apêndices e índices é uma ferramenta de grande utilidade para professores não só de leitura mas de todas as matérias que integram o currículo. A validade de tecnologias e procedimentos que apresenta esta livre de cegueira teórica o que indica uma posição moderna, atitude eclética e um grande potencial de generalização. São formas de assegurar o desenvolvimento de habilidades cognitivas importantes na formação não apenas do leitor, embora a ênfase no livro seja as suas relações com a vida acadêmica. A preocupação de Zwiers é com as habilidades a serem ensinadas e como ensiná-las, o que faz com clareza e competência. Cabe aos professores a tarefa de propiciar o desenvolvimento destas habilidades nos seus alunos.

A primeira parte do livro é constituída por dois capítulos de cunho teórico sendo que no primeiro deles é feita uma apresentação comparativa entre linguagem e pensamento acadêmicos. Há consenso na maioria dos pesquisadores de que existem muitas habilidades de pensamento e que elas devem ser desenvolvidas na escola. Para tanto, há necessidade de instrumentar os docentes não só com informações sobre estas habilidades e como elas se relacionam entre si mas como fazer para que se desenvolvam. Vale lembrar que pensamento, linguagem e aprendizagem de conteúdo são simbólicos, devendo haver uma adequação da vida acadêmica. As habilidades de pensar não são igualmente requeridas nas várias áreas de conteúdo sendo necessário recorrer a formas distintas para que se desenvolvam adequadamente em Ciências, História, Estudos Sociais e nas várias linguagens. As principais habilidades do pensamento acadêmico são: analisar, comparar, identificar causa e efeito, categorizar e classificar, solucionar problemas, persuadir, empatizar, sintetizar, interpretar, avaliar, comunicar, e aplicar. Seqüências e atividades diversas específicas de cada área de conhecimento são consideradas em cada caso.

No segundo capitulo são enfocados os hábitos que um professor precisa ter para que possa propiciar ao aluno o desenvolvimento requerido. As pesquisas mostram que os hábitos docentes mais poderosos e necessários para o desenvolvimento das habilidades de pensar academicamente são: (1) ir da avaliação para a instrumentação; (2) oferecer possibilidade de escolhas para aprender; (3) relacionar o novo com o já existente; (4) modelar o pensamento; (5) gradualmente passar a responsabilidade para o aluno (modelagem); (6) dar miniaulas sobre pensamento acadêmico e linguagem; (7) usar linguagem acadêmica apropriada para eliciar e cultivar o pensamento acadêmico; (8) estabelecer transição entre as lições e atividades; (9) cuidar tanto dos aspectos verbais como dos não verbais do ensino e (10) manter uma coleção crescente de exemplos das melhores práticas acadêmicas.

A parte seguinte do livro enfoca 12 habilidades do pensamento acadêmico, sendo a maior e a mais central da obra. O capitulo 3 traz informações básicas sobre o analisar e como desenvolver esta habilidade no pensamento acadêmico, como por exemplo a análise de modelos de escrita, o uso de organizadores e mapeamento semânticos, cartas biológicas e outras técnicas de ensino de eficiência já comprovada.

O capítulo 4 enfoca as habilidades de fazer comparações e, após breve conceituação, várias tecnologias são disponibilizadas para que o professor possa ter êxito. Pode-se exemplificar com a grade de comparação, uso de simulações de sinestezias, uso de músicas e textos. Categorizar e classificar implica em uma habilidade básica na vida sendo necessário desenvolvê-la de forma útil às diversas áreas de conteúdo, nas várias tarefas acadêmicas. Sugere o uso de colunas de classificação, classes de sentenças e orações, estocagem da idéia principal, classificação de músicas etc.

No capitulo seguinte são feitas propostas que condições para que os alunos aprendam e desenvolvam a habilidade de pensar sobre causa e efeito. Entre elas aparecem: criação de diagramas, uso de organizadores visuais, levantamento de hipóteses, uso da linha do tempo etc.

A habilidades de solução de problemas é o foco do sétimo capítulo no qual são sugeridas atividades como uso dos lados direito-esquerdo do cérebro, planejamento de vídeo games, solução de classificações, solução por emparelhamento, solução pelo método científico, entre outros.

Como bem lembra Zwiers (p: 105) a vida é cheia de persuasão “sendo necessário desenvolver esta habilidade nos alunos”. Para tanto, recomenda estratégias como: balão cheio de ar quente, reestruturação, reconstrução, busca das razões etc. (capitulo 8).

No capitulo 9 é enfocada a habilidades de empatia, útil não só para as habilidades sociais uma vez que perpassa toda a capacidade de pensar e se sair bem na escola. Ela tem sido uma habilidade muito valorizada na aprendizagem de conceitos, na compreensão de outras pessoas e de como pensam e sentem. Pode ser desenvolvida recomendando estratégias como desempenho de papéis, cadeira quente, encontro para o chá, redação científica, interpretação e análise de texto literário.

Fazer síntese é a habilidade complexa considerada no décimo capitulo. Implica em extrair informações de diferentes fontes, combiná-las com as já conhecidas, fazendo emergir novos padrões e conceitos. É considerada uma das habilidades mais criativas do pensamento e possivelmente uma das mais difíceis de ensinar. Entre as atividades propostas para desenvolver a habilidade de síntese aparecem: criar jogos educacionais, reformular jogos e regras, fazer notas de síntese, transformar texto etc.

A interpretação (capitulo 11) é uma habilidade requerida constantemente na vida posto que é usada para dar sentido tanto a pequenos como a grandes indícios, criando o mundo pessoal de cada um. A interpretação é muito requisitada na vida acadêmica enfocando textos, dados observáveis, figuras, números, mapas etc. Práticas que a desenvolvem são: arte de interpretação triangular, técnica de interpretação de figura, representação de metáforas (textos ou outra forma) etc.

No capitulo seguinte, a avaliação é o foco da atenção. Ela é importante para que o aluno tenha êxito na vida acadêmica, implicando em saber atribuir valor a alguma coisa ou parte dela de acordo com algum critério, o que é ao mesmo tempo sua característica mais marcante e difícil de ser estabelecida. Pode ser desenvolvida pelo uso de gráficos, pontuações de avaliações, diagramas, simulações diversas.

O objeto de atenção do capitulo 13 é a comunicação, a qual como lembra Zwiers, nem sempre aparece nas listas de habilidades do pensamento. Todavia, muito do pensamento e da criatividade requer a habilidade de fazer comunicação oral, escrita ou não verbal. Está diretamente ligada ao desenvolvimento da linguagem acadêmica (processo e produto). Pode ser desenvolvida usando-se várias técnicas de trabalho em grupo, de experiências verbais, de discussões de diversos tipos, técnica do professor “não veio”, pares de pensadores, código colorido de escrita, entre outras.

O último capítulo da segunda parte trata da aplicação que requer saber o que, o quanto e o como aplicar o que se aprendeu. Tem papéis diferentes nas várias áreas de conhecimento mas é considerada o coração ou responsável pelo êxito das habilidades do pensar. Sem aplicação do aprendido não se pode dizer que o processo se completou. Procedimentos diversos de generalização auxiliam no desenvolvimento desta habilidade. Exemplo: desempenho em tarefas planejadas com o auxilio dos estudantes, projetos no mundo real, ensinar estudantes mais jovens, desempenho de papéis etc.

A terceira parte contém uma série de documentos, fichas, esquemas, quadros que o professor tem autorização para reproduzir e usar em suas aulas, facilitando o emprego das sugestões e orientações para o desenvolvimento das atividades propostas no livro. Elas também facilitam dispor de material para pesquisar as técnicas e procedimentos. Como são atividades não exploradas no Brasil, sem dados científicos colhidos em sua realidade social cultural e educacional, seria muito importante pesquisar a validade, a precisão e a eficácia nas escolas brasileiras.

Os três apêndices são muito úteis para se repensar o processo educativo. O primeiro traz um rol de atividades para o desenvolvimento das inteligência múltiplas nos campos artísticos-viso-espacial, musical, cinestésicocorporal, socio-interpessoal, auto-intrapessoal, matemático-lógico, científico-natural e verbal. O segundo apêndice arrola questões para trabalhar tópicos controversos filosóficos, culturais, verbais, históricos, políticos, científicos e comerciais. O último apresenta uma lista de sons que podem servir de base para canções.

As referências usadas incluem clássicos mas predominam obras recentes, várias publicadas em periódicos, que poderiam ser em maior número, mas se justifica pelo caráter predominantemente prático da obra. Há ainda uma relação com obras literárias citadas e outra com sugestões de textos complementares para quem desejar se aprofundar.

A consulta à obra é facilitada por um índice de autores e conteúdo e por uma lista das atividades organizadas por capítulos e por ordem alfabética.

O livro abre perspectiva para ensino e pesquisa, sugestões devidamente sustentadas em dados podem renovar substancialmente a educação. Cabe formar docentes com competências para tanto.

Geraldina Porto Witter


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