152 - Magnum

Friday, July 23, 2021

145 - Placebo: A história sem fim / São tomé das letras

 




145 - Placebo: A história sem fim / São tomé das letras

O fato, prezados leitores é que me perdi num sebo similar à um labirinto gigante e sem fim, infinito, e neste sebo ( que não é livraria nem biblioteca ) mas sim um sebo ou placebo ( por isto eu tomo remédios tarja preta que são da banda de rock "Placebo" ou mesmo o wiscky black label) Porque misturando palavras com veneno ( Tarja preta placebo com wiscky Black Label encontramos a banda "Poison" ou seja: veneno, a banda "Scorpions" também têm veneno, e eu tenho os direitos autorais sobre os sebos e sobre o rock mas não me gabo nem sou humilde sou envenenado )

      Este sebo existe e é real, realidade multidimensional como falei no capítulo sobre Jason Becker existe e é real, dinheiro é real ( meu estado civil é solteiro neste momento ) Os livros existem e são reais, o livro se chama "A história sem fim" autor: "Michael Ende" editora "Martins fontes" a partir deste livro vieram: 1) Revista national geographic 2) Revista super interessante 3) livros sobre misticismo 4) Livros sobre Filosofia, escolham o que quiser vocês estão convidados a se perderem no sebo também, vejam a sinpopse do livro A HISTÓRIA SEM FIM: É um "spoiler" leiam o livro antes...

"'Gostaria de saber', disse para si mesmo, 'o que se passa dentro de um livro quando ele está fechado. É claro que lá dentro só há letras impressas em papel, mas, apesar disso, deve acontecer alguma coisa, porque, quando o abro, existe ali uma história completa. Lá dentro há pessoas que ainda não conheço, e toda espécie de aventuras, feitos e combates - e muitas vezes há tempestades no mar, ou alguém vai a países exóticos. Tudo isso, de algum modo, está dentro do livro. É preciso lê-lo para saber, é claro. Mas, antes disso, já está lá dentro. Gostaria de saber como…' E, de repente, sentiu que aquele momento tinha algo de solene.' Endireitou-se no assento, pegou o livro, abriu-o na primeira página e começou a ler A História Sem Fim."

E é com essa passagem incrível que começa uma das histórias mais nostálgicas que você poderia encontrar. Seja para você que já viu o filme em algum momento na Sessão da Tarde ou para você que lembra como é a emoção de encontrar mundos novos em um livro e se perder na leitura.

A História Sem Fim é um livro de fantasia que recomendo para absolutamente todos. Vou dizer o porquê.

O livro vai contar a história de Bastian Baltasar Bux, um garotinho gordinho que acaba entrando em uma livraria para se esconder de outros garotos que o perseguiam. A loja pertence a Koreander, um senhor estranho que não gosta de crianças. Os dois começam um diálogo e no meio tempo o telefone da loja toca. Ao ir atender, Baltasar acaba sendo atraído pelo livro que o velho tinha na mão o que faz com que o jovem se precipite e acabe roubando o livro, indo se esconder na escola para lê-lo sem parar. E é aí que a aventura começa.

Mas se engana quem pensa que o personagem principal é Bastian, (pelo menos não no ínicio). A História Sem Fim basicamente se divide em duas histórias, sendo a jornada de Atreiú a primeira. Já na segunda, aí sim vamos ter Bastian como principal. Quando Bastian começa a ler, nós vamos acompanhar as aventuras de Atreiú, um jovem guerreiro de uma tribo que é convocado pela Imperatriz Criança para poder descobrir como salvar o mundo de Fantasia do Nada. Isso mesmo, o Nada é o vilão, o mundo de Fantasia vai sumindo a cada dia e cabe a Atreiú descobrir o motivo.

Essa parte do livro é, a meu ver, simplesmente fascinante, me fazendo favoritar o livro antes mesmo de finalizá-lo. É uma parte extremamente metalinguística, em que, como eu falei, não é Bastian o personagem principal, nem mesmo Atreiú, mas sim o próprio livro, a própria fantasia (no sentido de imaginação) e o poder que nós temos de criar histórias.

É impossível não sentir uma vibe meio Nárnia ao ler esse livro. Criaturas de todos os tipos, um mundo onde o “protagonista” vai parar lá, uma imperatriz que é a representação de Deus, entre outras inúmeras coisas nas quais alguém poderia facilmente fazer altas dissertações e artigos literários baseados nessa obra. Só que, na minha opinião, esse livro é até melhor que Nárnia. A obra de Lewis é mais voltada para a questão religiosa, enquanto aqui, apesar de ter certa relação, a mensagem principal é… Histórias salvam.

Por isso a questão da nostalgia, é impossível não lembrar dos primeiros livros que a gente leu na vida e se empolgou, que nos fez grudar nesse mundo literário. E me desculpem os outros gêneros, mas aqui podemos ver o poder que tem a Fantasia. Todos os outros gêneros literários nos transportam para uma história, isso é fato e não nego, mas a Fantasia é diferente. Ela é ilimitada, ela cria mundos, criaturas, realiza todos os seus desejos e tudo é possível, possibilitando uma infinidade de mundos onde você pode ler e ser quem você quiser.

Por isso acredito que esse livro deveria ser lido por todos, e, quem sabe, principalmente por aqueles que estão iniciando na leitura e os que têm certo receio em relação a livros fantásticos. Mas, como eu disse antes, essa é apenas a primeira parte do livro. A segunda parte vai nos mostrar o outro lado dessa moeda, contando como percorrer outros mundos é incrível, mas que existem os perigos de se perder nela, que apesar de tudo não podemos esquecer quem nós realmente somos.

Nessa segunda parte, Bastian finalmente se torna o personagem principal, e começa a fazer parte da Fantasia. Ele ganha a possibilidade de transformar seus desejos em realidade, e a obra vai nos mostrando como isso pode ser perigoso, mesmo que você tenha boas intenções. 

Uma passagem do livro que ilustra muito bem essa segunda parte é: "E nada tem mais poder sobre um homem do que a mentira. Porque os homens, filhinho, vivem de ideias. E as ideias podem ser sugeridas. Esse poder é o único que conta." Essa passagem é perfeita para demonstrar como o poder de realizar tudo, vai corrompendo Bastian, e como seus desejos podem ser moldados pelas ideias dos outros, fazendo com que se esqueça de quem ele realmente é.

Como nem tudo são flores, apesar de eu favoritar o livro, favoritei com 4 estrelas, isso porque essa segunda parte, apesar de também ser interessantíssima, acaba ficando um pouco alongada demais (o que chega a ser irônico reclamar de ser longo um livro que se chama A História Sem Fim). Não é nada que estrague a leitura, mas com certeza poderia ter sido um pouco menor, e querendo ou não, passa a ideia de um complemento, de que o livro poderia ter apenas uma parte.

Já em relação a edição, ela é belíssima. Cada capítulo começa com uma letra do alfabeto, e conta com ilustrações belíssimas. Além disso, a edição traz essa metalinguagem do livro através das suas letras, elas são verdades e vermelhas. A primeira representando a passagem por Fantasia e a segunda representando o “mundo real” de Bastian, assim como no livro de Bastian. É um detalhe pequeno, mas muito legal.

Mas vou terminar por aqui antes que vire “a resenha sem fim”. Recomendo demais esse livro, para todas as idades e amantes de todos os gêneros literários, e para aumentar ainda mais a nostalgia de vocês, ou seja o personagem entra no livro e vivencia as experiências do livro que é o que acontece com quem se perde num sebo ( Toma remédios Placebos ) e nunca mais acha a saída do sebo!!! ( Gargalhadas!!! )
{ Será tudo imaginação? "Renato Russo - Legião Urbana }
Título: A História Sem Fim
Autor: Michael Ende
Tradutor: Maria do Carmo Cary
Editora: Martins Fontes
Páginas: 396
Ano: 2016 (Ano Original 1979) 
O ano em que Estevan Zaak Nasceu ( Eu mesmo )

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