152 - Magnum

Sunday, July 25, 2021

146 - Sonho Real: Moiras! Roda da Fortuna!


146 - Sonho real: Moiras! Roda da fortuna!


    As moiras (em grego: Μοῖραι), na mitologia grega, eram as três irmãs que determinavam o destino, tanto dos deuses, quanto dos seres humanos. Eram três mulheres lúgubres, responsáveis por fabricar, tecer e cortar aquilo que seria o fio da vida de todos os indivíduos. Durante o trabalho, as moiras fazem uso da Roda da Fortuna, que é o tear utilizado para se tecer os fios. As voltas da roda posicionam o fio do indivíduo em sua parte mais privilegiada (o topo) ou em sua parte menos desejável (o fundo), explicando-se assim os períodos de boa ou má sorte de todos. As três deusas decidiam o destino individual dos antigos gregos, e criaram Têmis, Nêmesis e as erínias. Pertenciam à primeira geração divina (os deuses primordiais), e assim como Nix, eram domadoras de deusas e homens.

As moiras eram filhas de Nix a deusa da noite. Moira, no singular, era inicialmente o destino. Na Ilíada, representava uma lei que pairava sobre deuses e homens, pois nem Zeus estava autorizado a transgredi-la sem interferir na harmonia cósmica. Na Odisseia aparecem as fiandeiras.

O mito grego predominou entre os romanos a tal ponto que os nomes das divindades caíram em desuso. Entre eles eram conhecidas por Parcas chamadas Nona, Décima e Morta, que tinham respectivamente as funções de presidir a gestação e o nascimento, o crescimento e desenvolvimento, e o final da vida; a morte; notar entretanto, que essa regência era apenas "sobre os humanos".

Os poetas da antiguidade descreviam as moiras como donzelas de aspecto sinistro, de grandes dentes e longas unhas. Nas artes plásticas, ao contrário, aparecem representadas como lindas donzelas. As Moiras eram:

  • Cloto (Κλωθώklothó) em grego significa "fiar", segurava o fuso e tecia o fio da vida. Junto de IlíciaÁrtemis e Hécate, Cloto atuava como deusa dos nascimentos e partos.
  • Láquesis (Λάχεσιςláchesis) em grego significa "sortear" puxava e enrolava o fio tecido, Láquesis atuava junto com TiquePlutoMoros e outros, sorteando o quinhão de atribuições que se ganhava em vida.
  • Átropos (Ἄτροποςátropos) em grego significa "afastar", ela cortava o fio da vida. Átropos, juntamente a TânatoMoros e as queres, determinava o fim da vida.

MEDO DO MEDO: PARALAMAS DO SUCESSO

Ouve o que eu te digo
Vou te contar um segredo
É muito lucrativo
Que o mundo tenha medo
Medo da gripe
São mais uns medicamentos
Vêm outros vírus
Reforçar os dividendos

Medo da crise e do crime
Como já vimos num filme
Medo de ti e de mim
Medo dos tempos

Medo que seja tarde
Medo que seja cedo
Medo de me assustar
Se você me apontar o dedo

Medo de cães e de insetos
Medo da multidão
Medo do chão e do teto
Medo da solidão

Medo de andar de carro
Medo de avião
Medo de ficar gordo e velho
Sem nenhum tostão

Medo do olho da rua
Do olhar do patrão
De morrer mais cedo
Do que a prestação
Medo de não ser homem
E de não ser jovem
Medo dos que morrem
E medo do não

Eles têm medo
De que não tenhamos medo
Eles têm medo
De que não tenhamos medo

Medo de Deus
E medo da polícia
Medo de não ir para o céu
E medo da justiça
Medo do escuro e do novo
E do desconhecido
Medo do caos e do povo
E de ficar perdido

Medo do fumo e do fogo
Da água do mar
Medo do fundo do poço
Do louco, do ar
Medo do medo
Medo do medicamento
Medo do raio, do trovão
Medo do tormento

Medo dos meus
Medo de acidentes
Medo dos judeus
Negros, árabes, chineses
Medo do "eu não te disse?"
Medo de dizer tolice
Medo da verdade
Da cidade e do apocalipse

Medo da bancarrota
Medo do abismo
Medo de abrir a boca
E do terrorismo
Medo da doença
Das agulhas e dos hospitais
Medo de abusar, de ser chato
E de pedir demais

Eles têm medo
De que não tenhamos medo
Eles têm medo
De que não tenhamos medo

Medo de não sermos normais
E de sermos poucos
Medo dos roubos dos outros
E de sermos loucos
Medo da rotina
Da responsabilidade
Medo de ficar pra tia
Medo da idade
De não tomar comprimido
E não ligar pra família
De não ter segurança
E porta de vigília
Compro uma arma
Pego a minha mala
Fecho o condomínio
Olho por cima do ombro

Família e cara-metade
Eu tenho medo
Nós temos medo
Eu tenho tanto medo

O medo paga a farmácia
E aceita a vigilância
O homem paga a máfia
Pela segurança
O medo teme de tudo
E não paga o seguro
Por isso constrói o muro
E mantém a distância

Eles têm medo
De que não tenhamos medo
Eles têm medo
De que não tenhamos medo

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Composição: Capicua / João Ruas. 

  
 

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