152 - Magnum

Thursday, February 24, 2022

185 - Paganini





185 - Paganini

 Niccolò Paganini (Gênova, 27 de outubro de 1782 — Nice, 27 de maio de 1840) foi um compositor, guitarrista e violinista italiano. É considerado o maior violinista da história, e um dos mais importantes expoentes da música do romantismo.

 

Continuador da escola italiana de violino de Pietro Locatelli, Gaetano Pugnani e Giovanni Battista Viotti, Paganini é considerado um dos maiores violinistas de todos os tempos, tanto pelo domínio do instrumento como pelas inovações feitas em particular ao staccato e pizzicato. Dotado de uma técnica extraordinária, suas composições eram consideradas impossíveis de serem tocadas por outros violinistas (ele tinha dedos excepcionalmente longos e era capaz de tocar três oitavas em quatro cordas em uma mão, um feito extraordinário mesmo para os padrões de hoje). Sua habilidade aparentemente não natural pode ter sido resultado da Síndrome de Marfan.[1] Ele era muito rápido, dava saltos melódicos de várias oitavas, executava passos longos com acordes que cobriam as quatro cordas, alternava rapidamente as notas tocadas com o arco e dedilhava as notas com a mão esquerda. Ele também executou harmônicos artificiais misteriosos e assustadores. Cada técnica era exagerada e suas violentas performances quase sempre terminavam com o rompimento voluntário e progressivo das cordas e a conclusão do concerto na única corda sobrevivente, a de G.[2]

 

Por ter revolucionado a arte de tocar violino, ele deixou a sua marca como um dos pilares da moderna técnica deste instrumento.[3] O seu "Caprice No. 24" está entre suas composições mais conhecidas e serve de inspiração para outros proeminentes artistas como Johannes Brahms e Sergei Rachmaninoff. Mas suas contribuições vão além do violino, já que compôs peças famosas para bandolim, violão, viola e fagote. Destacam-se seus duetos para violino e violão e suas composições para quarteto de cordas.

 

Ainda hoje, sua figura é cercada de lendas relacionadas ao seu prodigioso gênio (algumas também alimentado pelo ambiente do romantismo do Século XIX) e ao suposto "pacto com o diabo" assinado por ele para obter a fama e habilidade necessárias para tocar violino, contribuindo assim para mitificar sua figura.[4]

 

 

Índice

1             Biografia

1.1          Infância

1.1.1      Carreira

1.2          1834-1840

2             Obras

2.1          Lista de composições

3             Obras inspiradas por Paganini

4             Homenagens

5             Referências

6             Bibliografia

7             Ligações externas

Biografia

 

Niccolò Paganini em sua juventude.

Infância

Quando criança, era constantemente obrigado pelo próprio pai, Antonio Paganini, a estudar violino, por horas a fio, sob ameaça de castigos severos. Aos sete anos, começou a aprender o violino, estudando com violinistas locais, como Giovanni Servetto e Giacomo Costa. O progresso de Paganini, porém, era veloz, e, rapidamente, suas habilidades ultrapassaram a de seus professores. Quando tinha nove anos de idade, foi para Parma a fim de estudar com o famoso violinista Alessandro Rolla. E, após ter executado o mais recente concerto de Rolla à primeira vista, o velho mestre aconselhou-o a continuar os seus estudos em composição: "Nada tenho a lhe ensinar, meu menino. Vá e procure Ferdinando Paër".

 

Carreira

 

Paganini, por Jean-Auguste Dominique Ingres, 1819.

Em seus primeiros concertos públicos, foi logo considerado uma criança prodígio. Após libertar-se da custodia do pai, começou carreira como virtuoso do violino, em toda a Itália. Ficou famoso também pelo seu estilo da vida rebelde, frequentemente gastando todo o seu dinheiro em jogos e diversões noturnas. Durante os anos de 1800-1805, desapareceu completamente da vida pública.

 

 

Niccolò Paganini.

Embora no início de sua vida profissional desse os seus concertos apenas na Itália, sua fama como violinista-virtuoso logo espalhou-se por toda Europa.

 

Em 1822, é diagnosticado com sífilis, sendo tratado à base de medicamentos contendo mercúrio e ópio, o que gerou graves consequências físicas e psicológicas a Paganini.

 

Somente em 1828, saiu da Itália para uma viagem de concertos no estrangeiro. Apresentou-se na Áustria, Alemanha e França entre outros países, sempre com grande sucesso. Chopin, Schubert e Schumann estavam na audiência de alguns desses concertos e parecem ter ficado maravilhados com a sua execução ao violino.

 

É desnecessário dizer que a maioria das obras de Paganini foram escritas para violino. Conquanto, diversas obras para violino e orquestra possam fazer parte das suas peças. O violinista somente compôs cinco verdadeiros concertos para violino. O primeiro Concerto pode provavelmente ser datado de 1817. Em todas as apreciações, cartas e outras fontes contemporâneas aparece o testemunho de como as plateias e os críticos reagiram à execução deste "violinista diabólico". E mesmo agora - ainda que Paganini tenha morrido[5] há mais de um século e meio - ele ainda aparece como um exemplo clássico da execução "virtuosística" ao violino.

 

O estilo de vida de Niccolò Paganini e a sua aparência mefistofélica deram origem a historias de que o seu virtuosismo era devido a um pacto com o demônio. É mais provável que ele fosse portador de uma doença, a Síndrome de Marfan, cujos sintomas típicos são os dedos particularmente compridos e magros.

 

1834-1840

 

Niccolò Paganini, por Georg Friedrich Kersting, 1830.

Em Paris, no ano de 1834, recebe tratamento para a tuberculose. No mesmo ano, em setembro, Paganini encerra sua carreira de concertista e retorna à Gênova, sua cidade natal.

 

Em 1835, viaja à Parma, a fim de organizar a orquestra da corte, a pedido da arquiduquesa austríaca Maria Luísa. Na ocasião, desentendeu-se com os instrumentistas e não consegui cumprir seu objetivo.

 

De volta à Paris, em 1836, funda um cassino, o "Cassino Paganini". Após pouco tempo de funcionamento, as despesas e o fracasso do novo negócio deixaram Paganini com vários problemas financeiros, o que o fez perder boa parte de sua fortuna. Esse episódio lhe gerou muita tristeza e, consequentemente, um agravamento de sua doença. Para recuperar o dinheiro perdido, leiloou seus pertences pessoais, incluindo seus violinos e outros instrumentos musicais.

 

Seus últimos anos foram passados em Nice. Muito doente, sem conseguir falar e com uma tosse incessante, Paganini morre de hemorragia interna no dia 27 de maio de 1840, aos 57 anos. Seu corpo está enterrado no Cimitero della Villetta, Parma, Itália.[6]

 

Na história dos intérpretes do violino, os pontos de referência mais importantes podem ser encontrados a partir do século XVII. Por um lado, isso é coerente com a origem do que hoje em dia é considerado um "verdadeiro" violino e, por outro, com o desenvolvimento da legítima música instrumental na qual a virtuosidade se tornou um elemento cada vez mais importante.

 

Ainda que, em séculos anteriores, diversos instrumentos de cordas tivessem sido conhecidos - tais como o árabe redab e o violino medieval -, o violino com quatro cordas não se transformou em padrão antes que o estilo barroco viesse a surgir na Itália. Com o novo idioma, o estilo do instrumental concertante veio a florescer: embora tivesse havido definitivamente obras instrumentais anteriormente, elas tinham sido baseadas principalmente nos modelos vocais e o verdadeiro estilo virtuoso de execução desenvolveu-se durante o período no qual o princípio concertante estava se tornando gradualmente mais importante. Os compositores mais importantes para o instrumento no século XVII e na primeira parte do século XVIII foram italianos, tais como Marini, Corelli, Vivaldi e Tartini. Só gradualmente é que outros países começaram a desempenhar algum papel, por exemplo, com Leopold Mozart (pai de Wolfgang Amadeus Mozart) que foi não somente um músico talentoso como também publicou um dos mais influentes métodos, na época, para a execução do instrumento.

 

Tão esquecido quanto possa estar Viotti em nossos dias, assim também é Niccolò Paganini. Sendo um dos primeiros instrumentistas do romantismo musical, Paganini mostrou a pianistas do quilate de Franz Liszt uma nova forma tocar, explorando a técnica e a virtuosidade de um instrumento. Considerado por muitos o melhor violinista de todos os tempos.

Niccolò Paganini (Gênova, 27 de outubro de 1782 — Nice, 27 de maio de 1840) foi um compositor, guitarrista e violinista italiano. É considerado o maior violinista da história, e um dos mais importantes expoentes da música do romantismo.

 

Continuador da escola italiana de violino de Pietro Locatelli, Gaetano Pugnani e Giovanni Battista Viotti, Paganini é considerado um dos maiores violinistas de todos os tempos, tanto pelo domínio do instrumento como pelas inovações feitas em particular ao staccato e pizzicato. Dotado de uma técnica extraordinária, suas composições eram consideradas impossíveis de serem tocadas por outros violinistas (ele tinha dedos excepcionalmente longos e era capaz de tocar três oitavas em quatro cordas em uma mão, um feito extraordinário mesmo para os padrões de hoje). Sua habilidade aparentemente não natural pode ter sido resultado da Síndrome de Marfan.[1] Ele era muito rápido, dava saltos melódicos de várias oitavas, executava passos longos com acordes que cobriam as quatro cordas, alternava rapidamente as notas tocadas com o arco e dedilhava as notas com a mão esquerda. Ele também executou harmônicos artificiais misteriosos e assustadores. Cada técnica era exagerada e suas violentas performances quase sempre terminavam com o rompimento voluntário e progressivo das cordas e a conclusão do concerto na única corda sobrevivente, a de G.[2]

 

Por ter revolucionado a arte de tocar violino, ele deixou a sua marca como um dos pilares da moderna técnica deste instrumento.[3] O seu "Caprice No. 24" está entre suas composições mais conhecidas e serve de inspiração para outros proeminentes artistas como Johannes Brahms e Sergei Rachmaninoff. Mas suas contribuições vão além do violino, já que compôs peças famosas para bandolim, violão, viola e fagote. Destacam-se seus duetos para violino e violão e suas composições para quarteto de cordas.

 

Ainda hoje, sua figura é cercada de lendas relacionadas ao seu prodigioso gênio (algumas também alimentado pelo ambiente do romantismo do Século XIX) e ao suposto "pacto com o diabo" assinado por ele para obter a fama e habilidade necessárias para tocar violino, contribuindo assim para mitificar sua figura.[4]

 

 

Índice

1             Biografia

1.1          Infância

1.1.1      Carreira

1.2          1834-1840

2             Obras

2.1          Lista de composições

3             Obras inspiradas por Paganini

4             Homenagens

5             Referências

6             Bibliografia

7             Ligações externas

Biografia

 

Niccolò Paganini em sua juventude.

Infância

Quando criança, era constantemente obrigado pelo próprio pai, Antonio Paganini, a estudar violino, por horas a fio, sob ameaça de castigos severos. Aos sete anos, começou a aprender o violino, estudando com violinistas locais, como Giovanni Servetto e Giacomo Costa. O progresso de Paganini, porém, era veloz, e, rapidamente, suas habilidades ultrapassaram a de seus professores. Quando tinha nove anos de idade, foi para Parma a fim de estudar com o famoso violinista Alessandro Rolla. E, após ter executado o mais recente concerto de Rolla à primeira vista, o velho mestre aconselhou-o a continuar os seus estudos em composição: "Nada tenho a lhe ensinar, meu menino. Vá e procure Ferdinando Paër".

 

Carreira

 

Paganini, por Jean-Auguste Dominique Ingres, 1819.

Em seus primeiros concertos públicos, foi logo considerado uma criança prodígio. Após libertar-se da custodia do pai, começou carreira como virtuoso do violino, em toda a Itália. Ficou famoso também pelo seu estilo da vida rebelde, frequentemente gastando todo o seu dinheiro em jogos e diversões noturnas. Durante os anos de 1800-1805, desapareceu completamente da vida pública.

 

 

Niccolò Paganini.

Embora no início de sua vida profissional desse os seus concertos apenas na Itália, sua fama como violinista-virtuoso logo espalhou-se por toda Europa.

 

Em 1822, é diagnosticado com sífilis, sendo tratado à base de medicamentos contendo mercúrio e ópio, o que gerou graves consequências físicas e psicológicas a Paganini.

 

Somente em 1828, saiu da Itália para uma viagem de concertos no estrangeiro. Apresentou-se na Áustria, Alemanha e França entre outros países, sempre com grande sucesso. Chopin, Schubert e Schumann estavam na audiência de alguns desses concertos e parecem ter ficado maravilhados com a sua execução ao violino.

 

É desnecessário dizer que a maioria das obras de Paganini foram escritas para violino. Conquanto, diversas obras para violino e orquestra possam fazer parte das suas peças. O violinista somente compôs cinco verdadeiros concertos para violino. O primeiro Concerto pode provavelmente ser datado de 1817. Em todas as apreciações, cartas e outras fontes contemporâneas aparece o testemunho de como as plateias e os críticos reagiram à execução deste "violinista diabólico". E mesmo agora - ainda que Paganini tenha morrido[5] há mais de um século e meio - ele ainda aparece como um exemplo clássico da execução "virtuosística" ao violino.

 

O estilo de vida de Niccolò Paganini e a sua aparência mefistofélica deram origem a historias de que o seu virtuosismo era devido a um pacto com o demônio. É mais provável que ele fosse portador de uma doença, a Síndrome de Marfan, cujos sintomas típicos são os dedos particularmente compridos e magros.

 

1834-1840

 

Niccolò Paganini, por Georg Friedrich Kersting, 1830.

Em Paris, no ano de 1834, recebe tratamento para a tuberculose. No mesmo ano, em setembro, Paganini encerra sua carreira de concertista e retorna à Gênova, sua cidade natal.

 

Em 1835, viaja à Parma, a fim de organizar a orquestra da corte, a pedido da arquiduquesa austríaca Maria Luísa. Na ocasião, desentendeu-se com os instrumentistas e não consegui cumprir seu objetivo.

 

De volta à Paris, em 1836, funda um cassino, o "Cassino Paganini". Após pouco tempo de funcionamento, as despesas e o fracasso do novo negócio deixaram Paganini com vários problemas financeiros, o que o fez perder boa parte de sua fortuna. Esse episódio lhe gerou muita tristeza e, consequentemente, um agravamento de sua doença. Para recuperar o dinheiro perdido, leiloou seus pertences pessoais, incluindo seus violinos e outros instrumentos musicais.

 

Seus últimos anos foram passados em Nice. Muito doente, sem conseguir falar e com uma tosse incessante, Paganini morre de hemorragia interna no dia 27 de maio de 1840, aos 57 anos. Seu corpo está enterrado no Cimitero della Villetta, Parma, Itália.[6]

 

Na história dos intérpretes do violino, os pontos de referência mais importantes podem ser encontrados a partir do século XVII. Por um lado, isso é coerente com a origem do que hoje em dia é considerado um "verdadeiro" violino e, por outro, com o desenvolvimento da legítima música instrumental na qual a virtuosidade se tornou um elemento cada vez mais importante.

 

Ainda que, em séculos anteriores, diversos instrumentos de cordas tivessem sido conhecidos - tais como o árabe redab e o violino medieval -, o violino com quatro cordas não se transformou em padrão antes que o estilo barroco viesse a surgir na Itália. Com o novo idioma, o estilo do instrumental concertante veio a florescer: embora tivesse havido definitivamente obras instrumentais anteriormente, elas tinham sido baseadas principalmente nos modelos vocais e o verdadeiro estilo virtuoso de execução desenvolveu-se durante o período no qual o princípio concertante estava se tornando gradualmente mais importante. Os compositores mais importantes para o instrumento no século XVII e na primeira parte do século XVIII foram italianos, tais como Marini, Corelli, Vivaldi e Tartini. Só gradualmente é que outros países começaram a desempenhar algum papel, por exemplo, com Leopold Mozart (pai de Wolfgang Amadeus Mozart) que foi não somente um músico talentoso como também publicou um dos mais influentes métodos, na época, para a execução do instrumento.

 

Tão esquecido quanto possa estar Viotti em nossos dias, assim também é Niccolò Paganini. Sendo um dos primeiros instrumentistas do romantismo musical, Paganini mostrou a pianistas do quilate de Franz Liszt uma nova forma tocar, explorando a técnica e a virtuosidade de um instrumento. Considerado por muitos o melhor violinista de todos os tempos.

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